"Que estranho 'presente' é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida (...)" Arnaldo Jabor - Nossos dias melhores nunca virão?
Deixem os textos, frases e poemas para amanhã. O que eu quero são os números. Números transformados em horas, minutos ou segundos... Transformados em tempo. Quero talvez esse tempo que passa, mas que num piscar de olhos não se vê o que passou.Esse tempo é enigma; quebra-cabeça; esfinge... Tempo que quanto mais se tenta entender muito mais se desconhece.
Esse tempo que não é vento, somente semelhante. O vento, não enxergamos, entretanto podemos senti-lo. E quanto ao tempo, não temos o dom de vê-lo e menos ainda de senti-lo.
E foi justamente por andar às pressas atrás do tempo, que o tempo passou pra mim. Tempo o qual deveras tentei alcançar mas que nunca encontrei, não toquei, não senti e não entendi.
Foi agora, em meados dos meus noventa anos que percebi o meu grande erro. Um erro que não pode em tempo algum ser corrigido. Minha vida toda fundamentada em um tempo diferente daquele dos meus sonhos: um tempo que não corresse, não andasse e que talvez, parasse. Parasse para mim, para você, para o mundo. Fosse para dar mais valor à própria vida, fosse para dar mais valor a si mesmo, aos seus entes queridos, valor ao mundo... Fosse para o que fosse, queríamos um tempo. Um tempo DO tempo. Queríamos um tempo que não nos fizesse escravos, apenas humanos.
Mas, deixei-mos de se embasar no passado. Olhemos para o presente e veremos que não há o porquê de viver às pressas, correndo num vai e vêm incerto, sujeitos às algazarras do tempo.
Minha existência nesta terra se resumiu na busca incansável de algo que nunca encontrei e nunca vou encontrar. Busquei e não achei, não senti e não entendi... No final, apenas consegui refletir de que nada valeu à pena e descobri que o tempo na verdade, é uma grande, mas enorme, perca de tempo!
Esse texto está meio poético, meio repetitivo (proprositalmente) sei lá... Só sei que quando começei era pra ser um poema. Mas eu não sei fazer poemas ): Por isso me contentei com um texto em prosa :) Enfim, resolvi criar um relato de um senhor que aos seus noventa anos descobriu um grande erro: correr atrás do tempo. Sua vida, claro, estava movida a vapor, como é nos dias de hoje. Correr, correr, correr. Todos com certeza já pararam pra perceber como o tempo está passando rápido, não é mesmo? E além de estar passando super rápido, nós o ajudamos a ficar mais veloz. Seja por não aproveitar cada segundo intensamente, seja por não dar valor a vida... Seja por que for, nosso tempo está sendo gasto de uma maneira deveras equivocada. Por que não gastamos o tempo com algo que nos faça felizes? Será que é por que o mundo, ou até mesmo o próprio tempo, queiram que seja assim? Ou, simplesmente, nossas escolhas?
Não é preciso ser velhinho e nem muito experiente para entender que o ser humano nos dias atuais, não é nada mais, nada menos que um fruto da sua pressa e um prisioneiro do tempo. Seria bom se cada um reavalisse seu próprio tempo e ver com o que vale realmente a pena perdê-lo (ou seria melhor, ganhá-lo?)... Porque talvez, o melhor e mais bem gasto tempo, esteja naquilo que não damos o mínimo valor. Pensemos nisso! Eu já pensei e tento mudar. É difícil, eu sei. Mas um dia, com determinação e um pouquinho de autoconhecimento, eu chego lá ;)
AAAAAAAAH! Não acredito que o Brasil não está mais na Copa :/ Quase chorei ontem, sério! O jeito é esperar mais quatro aninhos. Mas é bom saber que a droguinha da Argentina está preparando suas malas também. \o/